quinta-feira, 7 de junho de 2012

O papel da Hotelaria Hospitalar na Gestão de leitos


Um dos grandes desafios que os hospitais têm enfrentado nos dias atuais é a falta de leitos ou a má administração na gestão dos mesmos.

Infelizmente temos escutado com freqüência, algumas frases em várias organizações, que valem a pena refletirmos sobre o nosso papel e como podemos melhorar este cenário:

 - “Nossa o hospital está lotado, não temos leitos.”

 – “Se não tiver alta no andar, não tem como liberar leitos para o  CTI .”

– “Cirurgia já terminou, paciente está na sala de recuperação e não tem leito.”



E por aí vai...



 Costumo dizer que hospital é uma máquina que para funcionar depende de pessoas, pessoas alinhadas e capacitadas para operar esta grande máquina. Caso contrário ela para ou ficará com problemas em suas peças e não vai operar com 100% da eficácia.

Nosso papel como gestor de hotelaria onde gerenciamos a grande maioria das áreas (Internação, Higienização, Portaria , Segurança,Lavanderia, Rouparia, SND – Serviço de Nutrição e Dietética,Central de agendamento de cirurgia e consultas, dentre outras) é garantir que todas as interfaces funcionem bem e proporcionar aos nossos clientes conforto, segurança e Bem estar.

No Congresso Brasileiro de Hotelaria Hospitalar 2012 tive a oportunidade de escutar a palestra: A responsabilidade da Hotelaria na Gestão do Leito Hospitalar por Marcelo Boeger, ele como sempre soube pontuar muito bem nosso papel nesta gestão. Fez uma comparação fantástica entre a gestão de um aeroporto com a gestão dos leitos hospitalares, dando ênfase ao tempo que se gasta para realizar as coisas:

Podemos começar com a Torre de Controle: As torres de controle dedicam-se a orientar os aviões principalmente nas fases de manobra, decolagem, pouso e sobre vôo do aeroporto. Sua maior função é evitar colisões entre aeronaves, veículos e obstáculos movimentam-se em solo.

Torre de Controle nos hospitais: A Torre de Controle é responsável pela comunicação para as áreas,é ela que decide quantas cirurgias podem ser agendadas, decide junto com a equipe de assistência qual a prioridade de internação do Pronto Atendimento;informa para todos envolvidos as prioridades do dia.

Uma gestão de leitos é essencial para vida financeira de um hospital, um leito não pode ficar parado porque não foi retirado os equipamentos do quarto, por isso a colaboradora da limpeza não realizou a desinfecção, ou a lâmpada esta queimada e tem X horas que a manutenção foi acionada e ainda não trocou, ou porque a roupa da lavanderia ainda não chegou etc. São poucos exemplos, visto na gama de fatores que impedem a eficiência no giro dos leitos.Todos somos responsáveis por esta gestão, mas para acontecê-la bem é necessário boa comunicação e integração entre as áreas.

Deixo para vocês esta reflexão e lembro que são dos desafios que surgem as melhores oportunidades de boas práticas!  Mylaidy Spíndola – Coordenadora  do Grupo Mineiro de Hotelaria Hospitalar.

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