sábado, 30 de março de 2013

Gerenciamento de Resíduos Biológicos – Necessidade ou Exigência? Ou seria Segurança?


Gerenciamento de Resíduos da Saúde tem sido um tema amplamente discutido, isso mesmo, discutido.
O que estamos fazendo de fato com o resíduo biológico e perigoso gerado nas instituições?
Ações seguras se fazem necessárias para resolver o problema que geramos.  Os geradores de todos os resíduos são os responsáveis até o destino final do mesmo. Entende-se que destino final é a maneira como o resíduo chega ao aterro sanitário em forma de resíduo comum não agressivo ao meio ambiente e sociedade. Gerenciamento de resíduos biológicos e perigosos é uma questão de saúde publica da qual todos nós pertencemos ou, usufruímos.
O Gerenciamento correto e seguro iniciam no momento do descarte pelo usuário de qualquer material     biológico ou perigoso. A responsabilidade e conscientização no momento do descarte é o início do Gerenciamento seguro e correto. Os demais envolvidos como a equipe que realiza a coleta estará protegida de acidentes principalmente com os perfuro cortantes que por sua vez são resíduos duplamente perigosos por se tratar de material biológico e com risco de lesão não somente da pele como também pode atravessar várias camadas ao ocorrer o acidente.
Capacitações da equipe são fundamentais para que esteja muito claro para todos os envolvidos o risco que cada resíduo gera para quem faz a coleta e o transporte. A conscientização pode ser alcançada com capacitações onde cada colaborador deve conhecer o risco que cada resíduo representa para o colega de trabalho como para nós mesmos. Se o colega não descartar corretamente, o alvo podemos ser nós mesmos. O serviço de hotelaria hospitalar tem papel fundamental a desempenhar no Gerenciamento dos resíduos por se tratar da área diretamente envolvida.  Uma avaliação que precisa nos acompanhar sempre é quanto custa a prevenção? Quanto custa a consequência do acidente? Muitas vezes este custo foge muito além do custo do tratamento do colaborador acidentado. A saúde acometida por doenças virais ou outras (sem cura) envolve a família do colaborador interferindo seguramente na vida ou família saudável como é de direito de todos os cidadãos.
Ainda, a nossa responsabilidade não acaba quando iniciar o serviço de coleta externa.  Nossa responsabilidade termina com o descarte correto e esta etapa deve ser fiscalizada pela instituição que contrata este serviço. A nossa responsabilidade com o funcionário do serviço externo é a mesma que devemos ter com o colaborador interno.
Com o programa de Gerenciamento de Resíduos Biológicos implantado, automaticamente partimos para a segregação correta de cada resíduo incluindo o aumento da reciclagem a qual embora menor, gera uma renda extra para as instituições. Neste momento é onde se faz necessário e importante a conscientização de cada colaborador ao descartar o resíduo que até momentos serviu de material de trabalho no atendimento ao paciente.
Para tratamento dos resíduos biológicos há tecnologias disponíveis capazes de desativar o resíduo, triturar e compactar. A desativação é realizada através da autoclavação em alta temperatura por um tempo superior ao tempo utilizado para a esterilização de artigos médicos por se tratar de uma carga microbiana extremamente alta. A desativação dos resíduos reduz o custo da coleta tornando-se econômico para as instituições. Este processo deve ser validado para comprovar a desativação.  Deve ser monitorado com controles biológicos diariamente embora não exista um indicador específico, porém, o Geobacillo Stearothermophilus é o mais resistente. O Indicador biológico ode ser colocado dentro de cada embalagem para aumentar o desfio. Os resíduos são colocados dentro dos sacos na cor conforme o resíduo. O saco com o resíduo biológico fechado é colocado dentro de bolsas de Polipropileno perfuradas para não aderir nas paredes da autoclave. O resíduo desativado só pode ser liberado para a coleta externa após a confirmação do resultado do indicador biológico.  A trituração descaracteriza todos os artigos ao ponto de se tornarem irreconhecíveis conforme as exigências normativas.
A compactação reduz o resíduo em 80% o que é um valor significativo para otimizar o espaço disponível para o armazenamento do resíduo desativado até o momento da coleta.
A estrutura física para a área do Gerenciamento do Resíduo deve compreender uma área para cada tipo de resíduo conforme as legislações nacionais ou regionais.
A autoclave, Triturador e compactador podem ser instalados dentro de um Container o qual necessita apenas da rede de água normal por possuir um sistema de tratamento por Osmose Reversa e rede elétrica. Este Container pode ser locado na área onde melhor convier para a instituição e geralmente esta área fica próxima ao acesso para a coleta final do resíduo. O Container ainda dispõe de iluminação e ar condicionado para maior conforto dos operadores. As paredes internas do Container são revestidas em aço inox escovado o que é uma facilidade para a limpeza.

Por Lore Porn - CISABRASILE

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