Gerenciamento de Resíduos da Saúde tem sido um tema
amplamente discutido, isso mesmo, discutido.
O que estamos fazendo de fato com o resíduo biológico e
perigoso gerado nas instituições?
Ações seguras se fazem necessárias para resolver o
problema que geramos. Os geradores de
todos os resíduos são os responsáveis até o destino final do mesmo. Entende-se
que destino final é a maneira como o resíduo chega ao aterro sanitário em forma
de resíduo comum não agressivo ao meio ambiente e sociedade. Gerenciamento de
resíduos biológicos e perigosos é uma questão de saúde publica da qual todos
nós pertencemos ou, usufruímos.
O Gerenciamento correto e seguro iniciam no momento do descarte
pelo usuário de qualquer material
biológico ou perigoso. A responsabilidade e conscientização no momento
do descarte é o início do Gerenciamento seguro e correto. Os demais envolvidos
como a equipe que realiza a coleta estará protegida de acidentes principalmente
com os perfuro cortantes que por sua vez são resíduos duplamente perigosos por
se tratar de material biológico e com risco de lesão não somente da pele como
também pode atravessar várias camadas ao ocorrer o acidente.
Capacitações da equipe são fundamentais para que esteja
muito claro para todos os envolvidos o risco que cada resíduo gera para quem
faz a coleta e o transporte. A conscientização pode ser alcançada com
capacitações onde cada colaborador deve conhecer o risco que cada resíduo
representa para o colega de trabalho como para nós mesmos. Se o colega não
descartar corretamente, o alvo podemos ser nós mesmos. O serviço de hotelaria
hospitalar tem papel fundamental a desempenhar no Gerenciamento dos resíduos
por se tratar da área diretamente envolvida. Uma avaliação que precisa nos acompanhar
sempre é quanto custa a prevenção? Quanto custa a consequência do acidente?
Muitas vezes este custo foge muito além do custo do tratamento do colaborador
acidentado. A saúde acometida por doenças virais ou outras (sem cura) envolve a
família do colaborador interferindo seguramente na vida ou família saudável
como é de direito de todos os cidadãos.
Ainda, a nossa responsabilidade não acaba quando iniciar
o serviço de coleta externa. Nossa responsabilidade
termina com o descarte correto e esta etapa deve ser fiscalizada pela
instituição que contrata este serviço. A nossa responsabilidade com o
funcionário do serviço externo é a mesma que devemos ter com o colaborador
interno.
Com o programa de Gerenciamento de Resíduos Biológicos
implantado, automaticamente partimos para a segregação correta de cada resíduo
incluindo o aumento da reciclagem a qual embora menor, gera uma renda extra
para as instituições. Neste momento é onde se faz necessário e importante a
conscientização de cada colaborador ao descartar o resíduo que até momentos
serviu de material de trabalho no atendimento ao paciente.
Para tratamento dos resíduos biológicos há tecnologias
disponíveis capazes de desativar o resíduo, triturar e compactar. A desativação
é realizada através da autoclavação em alta temperatura por um tempo superior
ao tempo utilizado para a esterilização de artigos médicos por se tratar de uma
carga microbiana extremamente alta. A desativação dos resíduos reduz o custo da
coleta tornando-se econômico para as instituições. Este processo deve ser
validado para comprovar a desativação. Deve ser monitorado com controles biológicos
diariamente embora não exista um indicador específico, porém, o Geobacillo
Stearothermophilus é o mais resistente. O Indicador biológico ode ser colocado
dentro de cada embalagem para aumentar o desfio. Os resíduos são colocados
dentro dos sacos na cor conforme o resíduo. O saco com o resíduo biológico
fechado é colocado dentro de bolsas de Polipropileno perfuradas para não aderir
nas paredes da autoclave. O resíduo desativado só pode ser liberado para a
coleta externa após a confirmação do resultado do indicador biológico. A trituração descaracteriza todos os artigos
ao ponto de se tornarem irreconhecíveis conforme as exigências normativas.
A compactação reduz o resíduo em 80% o que é um valor
significativo para otimizar o espaço disponível para o armazenamento do resíduo
desativado até o momento da coleta.
A estrutura física para a área do Gerenciamento do
Resíduo deve compreender uma área para cada tipo de resíduo conforme as
legislações nacionais ou regionais.
A autoclave, Triturador e compactador podem ser
instalados dentro de um Container o qual necessita apenas da rede de água
normal por possuir um sistema de tratamento por Osmose Reversa e rede elétrica.
Este Container pode ser locado na área onde melhor convier para a instituição e
geralmente esta área fica próxima ao acesso para a coleta final do resíduo. O
Container ainda dispõe de iluminação e ar condicionado para maior conforto dos
operadores. As paredes internas do Container são revestidas em aço inox
escovado o que é uma facilidade para a limpeza.
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